sábado, 4 de dezembro de 2010

Segure minha mão

Há uma cena quase no fim do filme Anna e o rei que eu gostaria de poder lhe mostrar agora. Deixe-me descrevê-la.
O cenário é o Sião do século XIX, um pequeno, mas charmoso, país asiático que ainda está preso ao seu antigo passado. Anna, uma mulher inglesa que vive no Sião como tutora dos muitos filhos do rei, ajudou o rei Mongkut a se preparar para um jantar de estado. Ele quer mostrar para os ingleses que seu país está pronto para participar dos assuntos do mundo, por isso o jantar é oferecido ao estilo inglês - utensílios de prata, toalhas de mesa, candelabros e, ao final do jantar, um baile no salão.
Quando o banquete acaba e chega o momento da primeira dança, o rei fica em pé e estende sua mão para Anna. Ele a convida para dançar com ele. Fixa seus olhos nela e não se deixa distrair por nada e por ninguém mais. Espera a resposta de Anna. Ela está visivelmente surpresa, perplexa, mas tem a graça de responder e se levantar. Enquanto passam pela longa mesa, os olhos do rei não se desviam dos dela, com um sorriso nos lábios. Outros ficam perturbados com o fato de o rei tê-la escolhido. Alguns olham com desprezo, outros com prazer. Isso não tem importância para o rei nem para Anna.
Anna foi preparada para o baile. Ela estava linda em um vestido admirável que brilhava como a luz das estrelas. passou horas se preparando - seus cabelos, seu vestido, seu coração. Ao chegarem à pista de dança, Anna expressa seu medo de dançar com o rei diante dos olhares dos outros. "Não gostaríamos de acabar amontoados no chão", ela diz. A resposta para seu coração desconfiado? "Eu sou o rei. Irei conduzi-la."
Jesus está estendendo sua mão para você. Ele a está convidando para dançar com ele. Ele pergunta: "Você me concede esta dança... todos os dias de sua vida?" Seus olhos estão fixos em você. Ele foi cativado por sua beleza. Está sorrindo. Não se importa com a opinião dos outros. Está em pé. Irá guiá-la. Espera sua resposta.

"O meu amado falou e me disse: Levanta-se, minha querida, minha bela, e venha comigo"
(Cântico dos Cânticos 2:10).

(Retirado do livro Em busca da alma feminina - John & Stasi Eldredge)

sábado, 30 de outubro de 2010

Aos pés do Senhor

"Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe. pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada." (Lucas 10: 38-42).
Quantas vezes não somos como Marta? Preocupados com tantas coisas, com a correria do dia a dia, sofrendo por antecipação. Andamos ansiosos por tantas coisas e não ouvimos Aquele que nos dará o descanso que precisamos, aquele que pode aliviar nosso fardo. "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mt. 11: 28-30).
Que possamos ser como Maria, escolher a boa parte e descansar aos pés do Senhor.

sábado, 4 de setembro de 2010

Cheios... mas não realizados!

"O Paradoxo da Nossa Era na História é que gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; mais remédios, mas menos bem-estar.
Lemos muito pouco, assistimos muito a TV, e muito raramente oramos.
Multiplicamos nossas possessões, mas reduzimos nossos valores.
Estes são os tempos de homens altos, e caráter pequeno;
Lucros enormes, e relações superficiais.
Estes são os dias de duas rendas familiares, mas mais divórcio; de casas chiques, mas lares quebrados.
Nós aprendemos a ganhar um sustento, mas não a ganhar uma vida; conseguimos aumentar anos à vida, não vida aos anos; limpamos o ar, mas poluímos a alma.
(Paradoxo da Vida Moderna - David G. Myers)

Uma das características mais evidentes em nossas vidas é que estamos sempre muito atarefados. Estamos constantemente às voltas com "coisas para fazer". Os dias se tornam pequenos para as muitas atividades nas quais nos envolvemos e nossas vidas mais parecem "malas abarrotadas rebentando nas costuras". Corremos de um lado para o outro o dia todo e tal correria esconde um grande desejo de ser aceito por uma sociedade exigente que faz das "muitas ocupações" um status. Somos elogiados por estarmos tão atarefados e se isto nos faz ser aceitos, mergulhamos de cabeça sem medir as consequências.
No entanto, mais escravizadoras do que nossas ocupações são nossas preocupações. Como a própria palavra expressa, preocupação é uma pré ocupação". Ficamos ansiosos e temerosos por antecipação. Quase que desesperados nos perguntamos frequentemente: "E se eu ficar gripado? Se eu não passar no vestibular? Se eu não me casar? Se eu perder meu emprego? Se... ?" Nossa mente não pára de produzir "sis" e então... sofremos em agonias sem fim.
Por causa das nossas preocupações com o amanhã, dificilmente vivemos o hoje. Dificilmente nos damos ao luxo de apreciar um pôr do sol ou mesmo a beleza de um olhar de quem a gente ama. As preocupações, como as ocupações, são altamente encorajadas por nossa sociedade competitiva, consumista e exigente.
Em meio a tudo isso caimos "de cheio na armadilha". Um profundo sentimento de não realização toma seu lugar na nossa "triste existência". Consequentemente nos tornamos pessoas aborrecidas (enfadadas) com a vida sem acreditar que o que fazemos tenha algum valor para alguém. Para piorar mais ainda a situação nutrimos silenciosamente ressentimentos contra as pessoas afastando-as de nós ao mesmo tempo que nos sentimos solitários, deprimidos e irados. Desenvolve-se em nós a sensação de "não pertencer". Não nos sentimos "em casa" e isso nos arrasa, pois somos capazes de suportar qualquer sofrimento, mas não suportamos estar fora do convívio com outros companheiros humanos. Tudo... menos isso!
Este estado desolador transforma-se num apelo como alguém que saiu de casa e quer desesperadamente voltar, mas perdeu seu próprio endereço.
Jesus reage à esta situação. Ele quer nos levar ao lugar onde pertencemos, onde podemos verdadeiramente viver uma vida espiritual suprindo assim toda nossa necessidade de realização. No entanto, é necessário "cair a ficha", isto é, reconhecermos que estamos "fora de casa". Então virá o desejo de voltar e a voz suave de Jesus se faz ouvir em nosso coração: "Não vos preocupeis... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino... e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

(Retirado da coleção Levando Deus a Sério - Parte 1: Liberando Espaço para Deus)

terça-feira, 27 de julho de 2010

A História de Zac Smith

Essa é a história de Zac Smith, um homem que mesmo em meio as dificuldades não perdeu sua fé, pois sabia que Deus estava no controle de tudo e, no dia 16 de maio deste ano, Zac foi curado do câncer e levado para junto do Pai. "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Fp.1:21). Assim como o apóstolo Paulo, ele pode dizer: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2Tm.4:7).
Momentos difíceis,quem não passa? Lutas, quem não tem? Mas para quem temos olhado diante dessas situações? Se olharmos para as circunstâncias, só iremos desanimar. Mas se olharmos além, para Deus, nossa fé será fortalecida.
Deus tem um propósito em todas as coisas, até nas situações que consideramos ruins. Muitas vezes, nos perguntamos: Por que isso está acontecendo comigo? Mas nem sempre teremos a resposta para tudo, nem sempre saberemos a razão de cada situação que passamos, pois se soubéssemos não andaríamos por fé, não teríamos esperança, certo? "Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos" (Rm.8:24-25). Deus não nos dá cargas que não possamos suportar, então se você está passando por dificuldades, olhe para Ele, pois com Ele somos mais que vencedores (Rm.8:37). Que nossa vida seja uma jornada de fé, pois, mesmo nos momentos difíceis, "Deus ainda é Deus e Deus ainda é bom!"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Walk By Faith

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hb.11:1)

Walk by Faith - Jeremy Camp

Deixando o Dragão

"- Não vou contar como virei dragão, pois tenho também de contar para os outros para acabar de uma vez para sempre com isso tudo. Aliás, só soube que era dragão quando ouvi você usar essa palavra medonha naquela manhã em que voltei. Mas vou lhe dizer como deixei de ser dragão.
- Vá em frente - disse Edmundo.
- Bem, na noite passada eu estava mais infeliz do que nunca. Este bracelete horrível me machucou como o quê...
- Não machuca mais?
Eustáquio sorriu - um sorriso diferente daquele que Edmundo conhecia - e facilmente deslizou o bracelete para fora do braço.
- Aqui está - disse Eustáquio. - Se alguém quiser, que fique com ele. Mas como ia dizendo, estava ali deitado, pensando na minha vida, quando de repente... Mas, pense bem, isso pode ter sido um sonho. Não sei...
- Continue - disse Edmundo, com uma paciência espantosa.
- Bem, seja lá como for... Olhei e vi a última coisa que esperava ver: um enorme leão avançando para mim. E era estranho porque, apesar de não haver lua, por onde o leão passava havia luar. Foi chegando, chegando. E eu, apavorado. Você talvez pense que eu, sendo um dragão, poderia derrubar a fera com a maior facilidade. Mas não era esse tipo de medo. Não temia que me comesse, mas tinha medo dele... não sei se está entendendo o que eu quero dizer... Chegou pertinho de mim e me olhou nos olhos. Fechei os meus, mas não adiantou nada, porque ele me disse que o seguisse.
- Falava?
- Agora que você está me perguntando, não sei mais. Mas, de qualquer maneira, dizia coisas. E eu sabia que tinha que fazer o que me dizia, porque me levantei e o segui. Levou-me por um caminho muito comprido, para o interior das montanhas. E o halo sempre lá envolvendo-o. Finalmente chegamos ao alto de uma montanha que eu nunca vira antes, no cimo da qual havia um jardim. No meio do jardim havia uma nascente de água. Vi que era uma nascente porque a água brotava do fundo, mas era muito maior do que a maioria das nascentes - parecia uma grande piscina redonda, para a qual se descia em graus de mármore. Nunca tinha visto água tão clara e achei que se me banhasse ali talvez passasse a dor na pata. Mas o leão me disse para tirar a roupa primeiro. Para dizer a verdade, não sei se falou em voz alta ou não. Ia responder que não tinha roupa, quando me lembrei que os dragões são, de certo modo, parecidos com as serpentes, e estas largam a pele. "Sem dúvida alguma é o que ele quer", pensei.
Assim, comecei a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começaram a cair a pele toda, inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num minuto, ou dois, fiquei sem pele. Estava lá no chão, meio repugnante. Era uma sensação maravilhosa. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos e cheios de escamas como antes. "Está bem", pensei, "estou vendo que tenho outra camada debaixo da primeira e também tenho de tirá-la". Esfreguei-me de novo no chão e mais uma vez a pele se descolou e saiu; deixei-a então ao lado da outra e desci de novo para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: "Deus do céu! Quantas peles terei de despir?" Como estava louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão disse (mas não sei se falou): "Eu tiro a sua pele". Tinha muito medo daquelas garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. Por isso me deitei de costas e deixei que ele tirasse a minha pele. A primeira unhada que me deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia aguentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um espinho de um lugar dolorido. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
- Estou entendendo - disse Edmundo.
- Tirou-me aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras. E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito menor do que antes. Nessa altura agarrou-me - não gostei muito, pois estava todo sensível sem a pele - e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do braço havia desaparecido completamente. Compreendi a razão. Tinha voltado a ser gente."

Gosto muito de ler a série As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, e essa parte retirada do livro A Viagem do Peregrino da Alvorada, em que Eustáquio, primo de Lúcia e Edmundo Pevensie, deixa de ser dragão, fez-me refletir.
Assim como Eustáquio, também temos nosso dragão, não aquele que solta fumaça pelas narinas e tem enormes asas, mas nosso dragão é representado por nosso venho homem, que nos aprisiona e nos impede de ver quem realmente somos: à imagem e semelhança de Deus. Aslam disse para Eustáquio tirar sua pele, Deus também nos manda tirar nosso velho homem, nosso dragão, deixar cair as camadas mundanas que nos prendem, para que possamos nos tornar filhos de Deus, voltar à essência. "Mas a todos quantos o receberem, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo.1:12).
Não é fácil renunciar nossas vontades, nossas vidas. Sozinhos não conseguiremos, poderemos tentar arrancar o dragão com nossas próprias forças, mas será em vão, pois há camadas mais fundas, que só Deus, com sua maravilhosa graça, consegue tirar. Irá doer, mas só de saber que nos veremos como realmente somos, que seremos filhos de um grande Pai, já é um alívio. "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória" (2Co.4: 17). Assim como o oleiro precisa quebrar o vaso várias vezes para este atingir a perfeição, Deus precisa arrancar a mais profunda pele de dragão que há em nós, para que então possamos atingir a perfeição, a condição de filhos de Deus. Devemos deixar nosso velho homem, entrar nas águas e limpar todo resto do dragão que há em nós e, quando sairmos das águas, seremos novas criaturas, filhos de Deus. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Co.5:17). "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e de fato, somos filhos de Deus" (1Jo.3:1). Não há nada melhor que ser chamado de Filho Amado pelo próprio Pai.
Que possamos deixar cair nosso velho dragão, seremos bem melhores sem ele.

domingo, 4 de julho de 2010

C. S. Lewis Song

"Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo." (C. S. Lewis)

sábado, 3 de julho de 2010

De volta à Essência

Olá, eu sou a irmã da Bruna e ela há um tempo me pediu para compartilhar algo aqui. Finalmente consegui sentar e escrever.
Às vezes tenho uns momentos de vagar com a minha mente, refletindo e conhecendo mais de Deus. Isso é muito bom, me aproxima mais Dele!
Há um tempo que já venho processando essa palavra e o que gostaria de compartilhar é essa volta à essência...
Quando Deus criou o homem, no capítulo 1 e 2 de Gênesis, Ele diz: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (v.26); "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." (v.27); "Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." (v.7, cap.2). Aí está a essência da criação. Deus com um sopro transferiu o que era Dele para nós, e isso é o que nos faz diferentes de todos os outros animais. Deus nos deu inteligência, sentimentos, características físicas, características de personalidade, gostos, como características que revelam quem Ele é e quem somos nós, a imagem e semelhança Dele.
Na criação Ele tinha um plano perfeito e por ser perfeito, nos deixou a característica de escolha. Ao ser enganado pelo diabo, o homem escolheu viver independente de Deus e deixou que a essência, que revela quem nós somos e de onde somos, fosse esquecida. É isso que o inimigo mais quer das nossas vidas, ele tenta de todas as formas nos enganar, dizendo que somos suficientes sem Deus, ele arma ciladas para que as circunstâncias do dia a dia apaguem a identidade que um dia nos foi dada.
Então, vaguei mais um pouco com a minha mente e comecei a pensar no porque de tantas pessoas estarem em depressão, viverem em tantos vícios, sentirem um vazio imenso. A partir do momento que o pecado entrou no mundo, a essência da nossa criação foi perdida e o que restou foi um buraco enorme, que o diabo tenta preencher com outras formas, mas não consegue! Porque a essência é uma marca em nós, é algo instalado em nosso DNA, que não pode ser tirado, pode até ser mascarado, obscurecido, mas não apagado. E é ai que as pessoas, então, são atraídas para Deus. Elas vão em busca de tantas outras coisas, pensando em se satisfazerem, mas fracassam, porque a verdadeira satisfação só pode vir Daquele que nos gerou, para nos satisfazermos somente Nele. "Na tua presença há plenitude de alegria." (Sl.16:11).
Jesus então veio como o restaurador da comunhão com Deus. Através de Jesus Cristo voltamos a essência e a partir do momento que aceitamos Sua Salvação e o Seu Senhorio, temos uma nova identidade, resgatamos a identidade perdida pelo pecado em nossas vidas, sabemos agora quem nós somos.
Mas é só isso? Quantas pessoas vocês não conhecem que são cristãs, encontraram Jesus, mas parece que ainda não estão satisfeitas? Eu sou uma delas! Mas então deve ter alguma coisa errada? Se a Bíblia fala que "na tua presença há plenitude de alegria", porque eu , sendo cristã,
muitas vezes não encontro isso e chego a reclamar de tantas coisas?
E então eu viajei ainda mais com minha mente e comecei a pensar na essência que me foi dada de saber quem sou e de onde sou, ou seja, não fui feita para viver aqui, não fui feita para ser desse mundo. Estou aqui, com um propósito de estar aqui, mas meu lugar é além desse mundo sujo e cruel. E é por isso que não me satisfaço plenamente estando nesse mundo. A nossa satisfação só vai ser plena quando encontrarmos a presença gloriosa do Rei. "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas." (Ap. 21:1-5). Isso é maravilhoso!!!
Enquanto isso, nessa terra cumpro uma missão, "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sejeitai-a..." (Gn.1:28). Minha missão é fazer parte de uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus! Assim, não só devo voltar à essência, mas devo também levar as pessoas de volta à essência da qual foram criadas, a imagem e semelhança de Deus.
E por último gostaria de deixar uns versículos:
"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita a vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos." (Rm.8:18-25). Eu não preciso ver para crer! E é isso que me move, saber que com um sopro fui criada para cumprir uma missão nessa terra, mas uma missão que me atrai para a eternidade... estou voltando à essência!
Bárbara Juliana.


domingo, 20 de junho de 2010

Andar sobre as Águas

"Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não Temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Subindo ambos para o barco, cessou o vento. E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus! (Mt. 14: 22-33)
Quantas vezes não agimos como Pedro? Olhamos para as circunstâncias que nos fazem afundar e temos medo de prosseguir. Mas há alguém estendendo a mão, disposto a nos ajudar; e esse alguém é Jesus, aquele que nos ama tanto e nunca nos abandonará. Que possamos confiar Nele, ter fé, pois com Ele poderemos andar sobre as águas também!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Set the World on Fire

Catando Gravetos


Onde está o fogo de Deus? Onde está o amor? Dia após dia temos olhado apenas para nós e não vemos que há pessoas ao redor, clamando por um amor verdadeiro ou apenas um sincero abraço. Onde estão as pessoas que levarão esse amor? "O amor se esfriará de quase todos." (Mt. 24:12). Não podemos deixar o fogo de Deus em nós se apagar, o amor ao perdido se acabar; precisamos aquecer os corações que hoje se encontram congelados pelas circunstâncias.
Para que servem os gravetos? Para manter o fogo aceso e aquecer os que estão à sua volta. "Sem lenha o fogo se apaga." (Pv. 26:20). Mas um graveto não se move sozinho, alguém precisa pegá-lo e levá-lo à fogueira. Quero ser esse alguém, disposta a enfrentar o frio para ser uma catadora de gravetos.