terça-feira, 27 de julho de 2010

A História de Zac Smith

Essa é a história de Zac Smith, um homem que mesmo em meio as dificuldades não perdeu sua fé, pois sabia que Deus estava no controle de tudo e, no dia 16 de maio deste ano, Zac foi curado do câncer e levado para junto do Pai. "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Fp.1:21). Assim como o apóstolo Paulo, ele pode dizer: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2Tm.4:7).
Momentos difíceis,quem não passa? Lutas, quem não tem? Mas para quem temos olhado diante dessas situações? Se olharmos para as circunstâncias, só iremos desanimar. Mas se olharmos além, para Deus, nossa fé será fortalecida.
Deus tem um propósito em todas as coisas, até nas situações que consideramos ruins. Muitas vezes, nos perguntamos: Por que isso está acontecendo comigo? Mas nem sempre teremos a resposta para tudo, nem sempre saberemos a razão de cada situação que passamos, pois se soubéssemos não andaríamos por fé, não teríamos esperança, certo? "Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos" (Rm.8:24-25). Deus não nos dá cargas que não possamos suportar, então se você está passando por dificuldades, olhe para Ele, pois com Ele somos mais que vencedores (Rm.8:37). Que nossa vida seja uma jornada de fé, pois, mesmo nos momentos difíceis, "Deus ainda é Deus e Deus ainda é bom!"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Walk By Faith

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hb.11:1)

Walk by Faith - Jeremy Camp

Deixando o Dragão

"- Não vou contar como virei dragão, pois tenho também de contar para os outros para acabar de uma vez para sempre com isso tudo. Aliás, só soube que era dragão quando ouvi você usar essa palavra medonha naquela manhã em que voltei. Mas vou lhe dizer como deixei de ser dragão.
- Vá em frente - disse Edmundo.
- Bem, na noite passada eu estava mais infeliz do que nunca. Este bracelete horrível me machucou como o quê...
- Não machuca mais?
Eustáquio sorriu - um sorriso diferente daquele que Edmundo conhecia - e facilmente deslizou o bracelete para fora do braço.
- Aqui está - disse Eustáquio. - Se alguém quiser, que fique com ele. Mas como ia dizendo, estava ali deitado, pensando na minha vida, quando de repente... Mas, pense bem, isso pode ter sido um sonho. Não sei...
- Continue - disse Edmundo, com uma paciência espantosa.
- Bem, seja lá como for... Olhei e vi a última coisa que esperava ver: um enorme leão avançando para mim. E era estranho porque, apesar de não haver lua, por onde o leão passava havia luar. Foi chegando, chegando. E eu, apavorado. Você talvez pense que eu, sendo um dragão, poderia derrubar a fera com a maior facilidade. Mas não era esse tipo de medo. Não temia que me comesse, mas tinha medo dele... não sei se está entendendo o que eu quero dizer... Chegou pertinho de mim e me olhou nos olhos. Fechei os meus, mas não adiantou nada, porque ele me disse que o seguisse.
- Falava?
- Agora que você está me perguntando, não sei mais. Mas, de qualquer maneira, dizia coisas. E eu sabia que tinha que fazer o que me dizia, porque me levantei e o segui. Levou-me por um caminho muito comprido, para o interior das montanhas. E o halo sempre lá envolvendo-o. Finalmente chegamos ao alto de uma montanha que eu nunca vira antes, no cimo da qual havia um jardim. No meio do jardim havia uma nascente de água. Vi que era uma nascente porque a água brotava do fundo, mas era muito maior do que a maioria das nascentes - parecia uma grande piscina redonda, para a qual se descia em graus de mármore. Nunca tinha visto água tão clara e achei que se me banhasse ali talvez passasse a dor na pata. Mas o leão me disse para tirar a roupa primeiro. Para dizer a verdade, não sei se falou em voz alta ou não. Ia responder que não tinha roupa, quando me lembrei que os dragões são, de certo modo, parecidos com as serpentes, e estas largam a pele. "Sem dúvida alguma é o que ele quer", pensei.
Assim, comecei a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começaram a cair a pele toda, inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num minuto, ou dois, fiquei sem pele. Estava lá no chão, meio repugnante. Era uma sensação maravilhosa. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos e cheios de escamas como antes. "Está bem", pensei, "estou vendo que tenho outra camada debaixo da primeira e também tenho de tirá-la". Esfreguei-me de novo no chão e mais uma vez a pele se descolou e saiu; deixei-a então ao lado da outra e desci de novo para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: "Deus do céu! Quantas peles terei de despir?" Como estava louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão disse (mas não sei se falou): "Eu tiro a sua pele". Tinha muito medo daquelas garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. Por isso me deitei de costas e deixei que ele tirasse a minha pele. A primeira unhada que me deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia aguentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um espinho de um lugar dolorido. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
- Estou entendendo - disse Edmundo.
- Tirou-me aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras. E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito menor do que antes. Nessa altura agarrou-me - não gostei muito, pois estava todo sensível sem a pele - e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do braço havia desaparecido completamente. Compreendi a razão. Tinha voltado a ser gente."

Gosto muito de ler a série As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, e essa parte retirada do livro A Viagem do Peregrino da Alvorada, em que Eustáquio, primo de Lúcia e Edmundo Pevensie, deixa de ser dragão, fez-me refletir.
Assim como Eustáquio, também temos nosso dragão, não aquele que solta fumaça pelas narinas e tem enormes asas, mas nosso dragão é representado por nosso venho homem, que nos aprisiona e nos impede de ver quem realmente somos: à imagem e semelhança de Deus. Aslam disse para Eustáquio tirar sua pele, Deus também nos manda tirar nosso velho homem, nosso dragão, deixar cair as camadas mundanas que nos prendem, para que possamos nos tornar filhos de Deus, voltar à essência. "Mas a todos quantos o receberem, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo.1:12).
Não é fácil renunciar nossas vontades, nossas vidas. Sozinhos não conseguiremos, poderemos tentar arrancar o dragão com nossas próprias forças, mas será em vão, pois há camadas mais fundas, que só Deus, com sua maravilhosa graça, consegue tirar. Irá doer, mas só de saber que nos veremos como realmente somos, que seremos filhos de um grande Pai, já é um alívio. "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória" (2Co.4: 17). Assim como o oleiro precisa quebrar o vaso várias vezes para este atingir a perfeição, Deus precisa arrancar a mais profunda pele de dragão que há em nós, para que então possamos atingir a perfeição, a condição de filhos de Deus. Devemos deixar nosso velho homem, entrar nas águas e limpar todo resto do dragão que há em nós e, quando sairmos das águas, seremos novas criaturas, filhos de Deus. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Co.5:17). "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e de fato, somos filhos de Deus" (1Jo.3:1). Não há nada melhor que ser chamado de Filho Amado pelo próprio Pai.
Que possamos deixar cair nosso velho dragão, seremos bem melhores sem ele.

domingo, 4 de julho de 2010

C. S. Lewis Song

"Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo." (C. S. Lewis)

sábado, 3 de julho de 2010

De volta à Essência

Olá, eu sou a irmã da Bruna e ela há um tempo me pediu para compartilhar algo aqui. Finalmente consegui sentar e escrever.
Às vezes tenho uns momentos de vagar com a minha mente, refletindo e conhecendo mais de Deus. Isso é muito bom, me aproxima mais Dele!
Há um tempo que já venho processando essa palavra e o que gostaria de compartilhar é essa volta à essência...
Quando Deus criou o homem, no capítulo 1 e 2 de Gênesis, Ele diz: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (v.26); "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." (v.27); "Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." (v.7, cap.2). Aí está a essência da criação. Deus com um sopro transferiu o que era Dele para nós, e isso é o que nos faz diferentes de todos os outros animais. Deus nos deu inteligência, sentimentos, características físicas, características de personalidade, gostos, como características que revelam quem Ele é e quem somos nós, a imagem e semelhança Dele.
Na criação Ele tinha um plano perfeito e por ser perfeito, nos deixou a característica de escolha. Ao ser enganado pelo diabo, o homem escolheu viver independente de Deus e deixou que a essência, que revela quem nós somos e de onde somos, fosse esquecida. É isso que o inimigo mais quer das nossas vidas, ele tenta de todas as formas nos enganar, dizendo que somos suficientes sem Deus, ele arma ciladas para que as circunstâncias do dia a dia apaguem a identidade que um dia nos foi dada.
Então, vaguei mais um pouco com a minha mente e comecei a pensar no porque de tantas pessoas estarem em depressão, viverem em tantos vícios, sentirem um vazio imenso. A partir do momento que o pecado entrou no mundo, a essência da nossa criação foi perdida e o que restou foi um buraco enorme, que o diabo tenta preencher com outras formas, mas não consegue! Porque a essência é uma marca em nós, é algo instalado em nosso DNA, que não pode ser tirado, pode até ser mascarado, obscurecido, mas não apagado. E é ai que as pessoas, então, são atraídas para Deus. Elas vão em busca de tantas outras coisas, pensando em se satisfazerem, mas fracassam, porque a verdadeira satisfação só pode vir Daquele que nos gerou, para nos satisfazermos somente Nele. "Na tua presença há plenitude de alegria." (Sl.16:11).
Jesus então veio como o restaurador da comunhão com Deus. Através de Jesus Cristo voltamos a essência e a partir do momento que aceitamos Sua Salvação e o Seu Senhorio, temos uma nova identidade, resgatamos a identidade perdida pelo pecado em nossas vidas, sabemos agora quem nós somos.
Mas é só isso? Quantas pessoas vocês não conhecem que são cristãs, encontraram Jesus, mas parece que ainda não estão satisfeitas? Eu sou uma delas! Mas então deve ter alguma coisa errada? Se a Bíblia fala que "na tua presença há plenitude de alegria", porque eu , sendo cristã,
muitas vezes não encontro isso e chego a reclamar de tantas coisas?
E então eu viajei ainda mais com minha mente e comecei a pensar na essência que me foi dada de saber quem sou e de onde sou, ou seja, não fui feita para viver aqui, não fui feita para ser desse mundo. Estou aqui, com um propósito de estar aqui, mas meu lugar é além desse mundo sujo e cruel. E é por isso que não me satisfaço plenamente estando nesse mundo. A nossa satisfação só vai ser plena quando encontrarmos a presença gloriosa do Rei. "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas." (Ap. 21:1-5). Isso é maravilhoso!!!
Enquanto isso, nessa terra cumpro uma missão, "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sejeitai-a..." (Gn.1:28). Minha missão é fazer parte de uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus! Assim, não só devo voltar à essência, mas devo também levar as pessoas de volta à essência da qual foram criadas, a imagem e semelhança de Deus.
E por último gostaria de deixar uns versículos:
"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita a vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos." (Rm.8:18-25). Eu não preciso ver para crer! E é isso que me move, saber que com um sopro fui criada para cumprir uma missão nessa terra, mas uma missão que me atrai para a eternidade... estou voltando à essência!
Bárbara Juliana.